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terça-feira, 20 de março de 2018

Master Review: Shinobi (1987)


Olá amigos!
Planejava eu prosseguir na minha jornada de games desconhecidos, mas de repente, tive vontade de retornar aos clássicos. 
Achei que era especial desbravar aquele game memorável do Arcade... Vamos ver a que viemos com o primeiro Shinobi


Desde o início da década de 1980, o tema ninja foi explorado pelo cinema e se popularizou, dando aos ninjas japoneses um status semelhantes aos cowboys americanos. 


Cena do filme "American Ninja".
Nesta pegada, surgiram duas franquias de ninjas que dividiram corações, Shinobi e Ninja Gaiden. Eram relacionados pelos fãs à disputa SEGA e Nintendo. O Ninja Gaiden da Tecmo, devido à demora da quebra de contrato de exclusividade de Nintendo, estava consagrado ao NES. Já Shinobi apareceu nos Arcades e logo após um rápido sucesso, veio aterrissar no master System. 

No Arcade, conta a história do ninja Joe Musashi que tem o objetivo de salvar as crianças do seu clã Oboro, raptados pela organização "Zeed". Eu logo lembrei da temática de Moonwalker de Michael Jackson.



Na versão Master, o manual dizia que as crianças raptadas eram filhas dos "líderes do Mundo"!! Que pretensão essa, meu rei!
Por isso, prefiro acreditar na versão Arcade. No meu primeiro contato com o jogo, achei complicado, metódico e não conseguia executar as magias. Isso me repercutiu tanto que dei mais ideia para o Ninja Gaiden quando lançado pro Master. Mas... o meu contato com as versões seguintes da franquia, me instigou a voltar ao jogo original... e me descobri com um jogo que não tinha conhecido de verdade.   

Marilyn aparece nesse cenário icônico.
Wahrol estaria orgulhoso!

GRÁFICOS E SONS
A boa de eu não ter jogado muito os Arcades da SEGA é que não me frustrei com a maioria das versões domésticas quando tive contato. No caso aqui, tendo contato com a versão original, os gráficos ainda parecem bem detalhados, mesmo com a limitação de cores e o céu "chapado". Joe não aparece com a máscara, exceto na tela-título (embora a capa da versão japonesa ele aparece com o rosto livre). As músicas ficaram mais audíveis com uma reprodução de timbres inferior, mas é agradável, incluindo as vinhetas de conclusão de fase ou perda de vidas. O fraco são os efeitos sonoros que foram reduzidos, mas são adequados.     



O ULTIMO NINJA
Joe me pareceu no início um guerreiro mais limitado que Ryu. Seu ataque normal já é o Shuriken que é infinito (herança do jogo que o inspirou Rolling Thunder, em que o herói só usa a arma de contato quando tem alcance) e próximo dá golpes físicos. Com power-ups conseguidos com as crianças, você usa a espada, o nunchaku e o kusarigama (aquela correntinha do Earthquake do Samurai Shodown). O shuriken dá lugar a uma bomba, uma faca ou uma pistola (Sim! Ninjas usam pistola, nunca viu Jiraiya?) O que nunca entendia é, por que eu já tendo uma espada, iria querer um nunchaku?. Ryu usava espada ilimitada e o shuriken era limitado. 


O sistema é: Joe tem que resgatar todas as crianças da fase e achar a saída. Um dos recursos conseguidos é o salto alto. Ryu podia dar mega-cambalhotas, mas Joe salta plataformas a alturas incríveis com Cima+2.
Dos inimigos clássicos, há o  carinha com escudo e bumerangue sempre próximo às crianças e o desafio é atingi-lo sem ser atingido.

Contra este chefe, pule pra trás antes de passar por baixo das chamas.
Um barulho seco no rosto indica que o golpe acertou.

Os chefes são desafiadores mas na versão Master ficaram razoáveis. As magias não funcionam com eles. Temos o gigante samurai Ken Oh (que virou um padrão pra chefes dos demais Shinobi), o Helicóptero no porto, o Lobster (uma lagosta???), Mandara, outro samurai e o chefe final. Com exceção do Lobster, todos tem um grau de dificuldade, mesmo com a barra de vida extra do console doméstico.   



Existem as fases bonus em que Joe ataca trocentos shurikens pra não ser tocado. Se bem sucedido, ganha um Jutsu (sim, fãs de Naruto! Esse é o nome das magias, traduzido como "arte" simplesmente) me irritou não sair nenhuma magia até eu descobrir que é preciso SEGURAR 1+2. Entre os efeitos estão congelar o inimigo, levitar, invencibilidades, clones, relâmpago e tornado. Pena que após adquirir o poder, deve vencer 10 inimigos pra habilitar o poder. Ninguém falou que era fácil.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Se você quer superar seus preconceitos, como eu, vale uma bela jogada em Shinobi 1 mesmo se você só se animou com continuaçôes e spin-offs. A Tectoy sabia o que estava fazendo quando incluiu-o no Gamebox Lutas. Vale recomendar o Arquivo secreto do Joe Musashi feito pelo Leo pra saber mais do personagem. Até a próxima.




4 comentários:

  1. Caramba joguei muito essa versão de Master System mas nunca consegui zerar ele.Gosto muito desse jogo só fui conseguir zerar ele pelo emulador mas o final é bem triste kkkkk.

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    1. O famoso fim curto e grosso! kkkkkkkk
      Mas sim, me peguei na necessidade de jogar este aí!
      É bem legal e envelheceu bem!
      Abraços!

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  2. Saudações, Rodrigão!
    Tudo certinho?
    Esse, joguei muito na época que a Tectoy o lançou por aqui. Vez ou outra, ainda dou uma revistada nele. Jogaço!
    Nesta versão, a Sega sabia o que tinha nas mão e fez uma versão do tamanho que o Master System poderia ter. Deixou o jogo mais cadenciado, com medidor de vida e itens diversos de power-up, coisas acrescentadas que não tinham na versão arcade. Shinobi original tem jogabilidade mais rápida, que pode ser vista também, em Shadow Dancer (Arcade e Mega Drive). Mesmo com estas mudanças, Shinobi do Master é um game desafiador.
    Aos mais novinhos que, por ventura queiram experimentar, recomendo que curtam o jogo por ele mesmo, pelo desafio bacana proporcinado pelos desenvolvedores. Só não aguardem por um final épico, que o recompense pela trabalheira que teve... em 1991, eu passei muita raiva com a "trolada". Rss!!!
    Abraço.

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    1. Hahahaha!
      Nem fale do final... De fato, parece que o jogo foi adaptado tanto pras limitações quanto pra jogar confortável em casa. Aliás, tenho a cada tempo que passa mais propício a questionar aqueles jogos tocou-morreu em consoles domésticos. Mas era coisa da época.
      Abraços!!

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